Com a meteorologia a ameaçar as Olimpíadas, as autoridades chinesas viram-se para uma solução pouco usual: bombardear as nuvens com mísseis. O Governo chinês tem em marcha o mais ambicioso programa de modificação das chuvas, com dois objectivos: gerar precipitações para mitigar os efeitos da seca que afecta algumas regiões do país e modificar as nuvens durante a realização dos Jogos Olímpicos, para impedir que chova durante as principais cerimónias e as provas ao ar livre. É caso para dizer que em Pequim estalou a guerra... climática. A afirmação é muito mais que uma metáfora. As autoridades chinesas disponibilizaram um verdadeiro arsenal para o combate às incómodas nuvens: quase sete mil canhões, mais de quatro mil lança-mísseis, uma trintena de aviões, um supercomputador capaz de elaborar modelos de previsão meteorológica a cada hora, um satélite que detecta nuvens perigosas numa área de 44.000 km2 e mais de 30 mil "soldados" que colaboram com o programa.
Até hoje, a modificação das chuvas tem passado, sobretudo, pela injecção de iodeto de prata nas nuvens, uma técnica já ensaiada em Portugal pelo Instituto de Estudos Ambientais e de Meteorologia (IEAM) da Universidade Lusófona e que se admite ter sido utilizada pelos soviéticos durante os Jogos Olímpicos de Moscovo."
Segundo as autoridades de Pequim, a probabilidade de chover durante a cerimónia de abertura dos Jogos, em plena monção chuvosa de Verão, é de quase 50%. Um dado que reforça as críticas dos mais cépticos: não teria sido mais simples (e muito mais barato) adiar simplesmente o início da competição? (Fonte: Expresso)
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